2 de julho de 2013

E o poeta parou

Não é porque a noite bem me calha
Ela é a única que me tem
por inteiro.

O tempo é o cemitério da vida
A vida é a razão do tempo do poeta
Mas o poeta nem vida têm mais
A poesia tornou-se tão... Monótona

Tudo aconteceu bem de repente
Então, o mar
entre as montanhas de concreto.
O amor
esvai-se nos beijos secos e nos corações pálidos.

O que restou mesmo para o poeta
foi a noite,
os seus livros empoeirados na noite
e o cobertor que protege-o da noite.
                                                     
                                                    Júlia Helena

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