11 de setembro de 2013

Sinal verde- o fim chegou

E quem não se lembra da grande apocalipse que aconteceria no dia 21 de dezembro de 2012? O dia marcado no calendário maia para o fim do mundo. Pois é, o difícil de acreditar é que as pessoas ainda insistem em marcar um dia no calendário para o fim do mundo. Poderia decorrer todas as linhas que me restam citando quando os seres humanos resolveram fazer uma previsão desse tal dia, até porque, como é característico dos mesmos, tudo na vida deve ter um lucro. No mais, lembrar-vos-ia que seriados, filmes, encontros, programas especiais, shows, enfim, muitas coisas altamente “necessárias” para o grande dia que não aconteceu, foram garantidas por alguns de nós.
A verdade é que todo dia surge alguém com uma nova data para este evento. Ou dizendo que ele deveria ter acontecido em ‘tal dia’ por causa de ‘tal coisa’. O que ninguém parou pra pensar é que todo dia é o fim do mundo. Vivemos num sistema pacato de compreensão, em que a tolerância se dá de acordo com seu status e capital. Oportunidade? Diria que a palavra mais necessitada hoje em dia é sorte mesmo. Embora não acredite tanto nas obras do acaso.
"Morremos um pouco todos os dias", o que tecnicamente, é a lei natural da vida. Mas, ultimamente, mesmo com todo o avanço da tecnologia e a possibilidade de uma boa longevidade para alguns, parece que a nossa morte está se dando em maior intensidade. Vivemos para lucrar e por causa do lucro. Neste novo mundo, é inaceitável gastar tempo com aquilo que a alma clama e o corpo espera, obviamente, se não for te trazer alguma vantagem.
As semanas se tornaram um ciclo nas quais a sexta-feira é o milagre divino. Custe o que custar, fazemos de tudo para alcançar essa graça o mais rápido possível- então, nossos dias se tornam mecânicos- somos robôs coordenados involuntariamente pela nossa própria vida. O estresse surge devido à monotonia e intolerância que nos cerca, o que não é preciso haver uma comprovação para se saber que ambas são onipresentes.  
O amor se tornou uma piada. Para os jovens, aqueles seres mais dotados de alguma porcentagem a menos de sensaboria cotidiana, quem exprime esse tipo de sentimento são aqueles que não sabem “aproveitar o melhor da vida”. Para os mais velhos, o amor é a farda diária que se veste e não se aguenta mais nem vê-la banhada a ouro. Sendo assim, há uma troca constante de quem se ama ou de quem se odeia. Não podemos esquecer também aqueles que amam tudo e todos, que cada esquina está propensa a receber um “eu te amo”.
            Milhares de mortes por motivos fúteis diariamente. Entretanto, ainda é muito interessante lembrar todos os anos da triste data do “11 de setembro”, em que o vigor de uma nação mundial foi destruída. Guerra no Iraque, Síria, Rússia, Irã, Hiroshima, Nagasaki... que nada! Afinal de contas, estas pessoas que estão nesses lugares não tem nada a oferecer para o mundo mesmo. Não são vidas proveitosas.
            Saúde, respeito, educação e liberdade; algumas das coisas que deveriam ser fundamentais a nossa subsistência, são proteladas para “quem merece”. Para quem não merece... Ah, é verdade, já nasce com todos esses benefícios garantidos. Há quem diga que protestar contra esse dilema é um ato desnecessário e insano. Afinal de contas, a corrupção é a nossa prioridade maior.
            Vivemos tudo isso diariamente. E a cada segunda-feira um novo ciclo se recomeça, fazendo com que a mesma ansiedade tome conta de nós para que possamos viver a sexta-feira. Por isso que sempre digo: ultrapassar um sinal vermelho e dar aquela buzinada, não custa nada.


Júlia Helena

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