21 de julho de 2013

Benjamim



Não sei por que tens esse nome
Não faço ideia porquanto não me consomes
Necessito apenas de uma compra justa
Sem juros,
Cheque sem fundo
Ou falsa conduta

Um dia me dissestes que sim
No outro, já disse que não
Não me importo de ser tão material assim
Só quero ser de uso essencial
Eu sei,
a vida nem sempre é tão espiritual

A alquimia que também vivo a procurar
Infelizmente ainda não achei
Por enquanto apenas tenho que me contentar
Com esse meu arquivo de experiência
É um cheiro com um pouco de alecrim
Que se mistura com meu tom jasmim
Quando juntos, formam o frasco mais precioso
Algo parecido com o cheiro
Daquele dia chuvoso

Mas não era só a chuva que eu queria
Também não era o sol
Eu queria teu nome

Como se fez tal mentira?
A tua existência traíra
É que abriu a porta da minha solidão

Eu dizia: Benjamim!
E você fingia que não ouvia
Eu gritava tanto por ti
E você não tinha olhos pra mim

Um dia teus olhos me olharam
Um dia tua boca encontrou a minha
Porém nesse dia
Tu já não eras mais meu Benjamim
Descobri que sou beija-flor
"O segredo dos teus olhos" -Filme
Então, por favor, não beija-me
Minha amargura acabou
E agora, meu sorriso não pertence [a ti.

Júlia Helena

Nenhum comentário:

Postar um comentário