9 de janeiro de 2013

I. Memórias de Valentina

Às vezes é muito difícil começar. Na verdade, não somente "às vezes", quase sempre trata-se de uma tarefa difícil, misteriosa, cheia de desafios e obstáculos, mas que são necessários serem vencidos e ultrapassados. Mesmo com quedas e retrocessos, para o êxito tão almejado.
As mudanças estão presentes nos seres, todos os dias, o tempo todo. Contudo, essa presença se relata em diferentes aspectos - quando digo isso, quero levar em conta sua intensidade que não é a mesma em todas as ocasiões, primeiramente por causa de uma culpada chamada "ideia".
Tudo surge a partir da ideia- um fruto que brota na mente de um ser e dar sua cria, tentando mudar seu habitat natural. Mas a ideia é inútil se sozinha, a ideologia só se transforma em mudança juntamente com a ação.
Quando isso acontece transforma-se em uma peste, contagiando cabeças, destruindo, construindo, refazendo, desfazendo, mantendo... Mudando.
Será que algo pode começar depois de uma vírgula?
Ou continuar a ser o que era depois de um ponto final?
Palavras jogadas ao vento sabem o caminho de casa ou encontram um novo lar ?
São tantas perguntas achadas. São tantas respostas perdidas.
É uma pena que o caça-respostas da vida seja tão complicado, pois sempre vão surgir mais perguntas e perguntas levam a procura de respostas, que geram mais perguntas, que levantam outros questionamentos e por ai vai. Perguntas são como bactérias, mas, sinceramente, bactérias ou células malignas podem simplesmente serem mais fáceis de combater-se do que perguntas.
Estive pensando se as respostas não poderiam ser encontradas nas próprias perguntas. Entretanto, essas ideias levianas só confundem mais minha cabeça. O certo mesmo é acreditar.
Acreditar. Uma palavra que se encontra dentro de outro buraco, muito difícil de ser pega para si. Nem tudo que se ver é verdadeiro, mas nem tudo que não é visto é impossível de existir. Como vi um certo alguém dizendo um dia desses "o jeito é acreditar chorando". Certas vezes, o início pode ser a parte do meio.
Mas na verdade, não é esse o meu propósito de está aqui. Aliás, você que ler-me nesse exato momento já se perguntou o porquê de estar aqui?
Eu sim. Várias e várias vezes. Até hoje procuro a resposta, mas tenho a esperança de um dia encontrá-la. Há uns que dizem que não estamos aqui por acaso, que somos alvo de uma força maior que nos protege e conduz. Outros tentam achar a resposta de onde viemos e para onde vamos. Há também quem fique em cima do muro e não saiba para que lado cair. Ou até sabe, mas tem vergonha de mostrar sua opinião.
O que me resta é esperar e crer piamente no arco-íris. É, aquele que chamamos de amor. Onde cada cor tem um tom. Um dom. Um som. Um bom. 

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