28 de abril de 2012

O que é o amor?

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece."
1 Coríntios 13:1-4

" Amor é fogo que arde sem se ver,
  é ferida que doi e não se sente,
  é dor que desatina sem doer,
  é um contentamento descontente."
  Luis de Camões

"... Amor é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela."
-Chrissy, 6 anos.

"Amor é quando alguém te magoa, e você mesmo muito magoado não grita porque sabe que isso fere seus sentimentos."
-Samantha, 6 anos.

"Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia inteiro."
-Mary Ann, 4 anos.

"Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes para ter certeza que está do gosto dele."
-Danny, 6 anos.

"Amor foi quando minha avó pegou artrite, e ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos do pé. Meu avô desde então, pinta as unhas para ela."
-Rebecca, 8 anos.

"O amor não é quando o seu amor corre de você no pega-pega, e sim quando ele te da a mão e chama para correr com ele."
-Mary, 6 anos.


"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente."
Clarice Lispector

               Em meio a tantas definições sobre o que seja ou não amor, já não sei o que dizer. 
Amar é um ato que não está disposto a explicações. Algo que se sente, e não se toca. Amar é a cura para as enfermidades da alma, ao mesmo tempo que é a pior doença da razão. 
Na Era Medieval, o amor era dado como uma enfermidade, que não tinha cura, por sinal. E já mostravam as cantigas de amor desta época. Os cavalheiros tratavam suas damas como seres incapazes de uma explicação concreta para tamanho sentimento que estava dedicado a elas. É algo que já não acontece nos nossos dias. Quando se ama de verdade, não se tem medo de onde se vai chegar, mas sim, de onde não poderemos ir. 
O que falta nos nossos dias para que um sentimento tão bonito como este seja difundido entre as pessoas, é que se deixe a hipocrisia de lado. Sim, é essa hipocrisia que nos faz ter orgulho de demonstrar aquilo que realmente queríamos ser. É o que faz os filhos deixarem de dizer aos seus pais um " Eu te amo", dos irmãos compartilharem abraços, dos amigos se doarem uns aos outros até nos momentos mais difíceis, do pedestre não jogar lixo  na rua, dos grandes empresários adotarem a sustentabilidade, das potências consumirem freneticamente. A humanidade precisa de afeto entre os seres, e os seres precisam do mundo, que precisam de uma humanidade.  É um ciclo vicioso que deve ser concertado, antes que seja tarde demais. Explicações saem de todas as partes, segundos de ação se veem poucos. Porque é aí que se encontra a verdadeira felicidade, nos momentos. 
Quando alguém disser que consegue ser feliz o tempo todo, sem deixar escapar um sequer segundo de tristeza, este sim pode ser considerado um louco incurável. Mas enquanto houver a chance de tentarmos ser feliz mais uma vez, nós continuaremos a ser felizes para sempre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário