Dezesseis não é mais quinze. Também não
é dezessete, nem muito menos dezoito. É um pouco depois do início. É como se
fosse o meio do meio do caminho andado no tabuleiro.
Dezesseis não é doce nem amargo, não é
duro nem mole, não é fácil nem difícil.
É onde a irresponsabilidade da afetuosa
infância começa a desaparecer. É quando o mundo já não é visto com os mesmos
olhos sutis.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBmyPRIaFoscAbpnlDWPOoSKRJjCE0GeRYItB8NWQIleF3SEHqu-ZUNl1xcSPvAkBdDxDyILxC6pJU6fF4TOqwxDH-h60aiNlcbd2yg2FaOohfX90Pm_AYhYY6HifZDDVA5v5eIHdOygs/s400/PicsArt_1360771895235.jpg)
Está ficando mais perto de ser adulto,
e mais distante de ser criança, mesmo que teus pais ainda te chamem de meu
bebê. É que a gente nunca cresce para os nossos pais.
É a fase da negociação de liberdade,
dieta de inocência, gula de descobertas, sede de revolução, cárcere de
responsabilidades.
“As tardes não são mais fagueiras e não
há mais sombras de bananeiras ou laranjais”. Isso era quando eu tinha “Meus
oito anos”. Agora tenho o dobro.
Porém, ainda morremos de rir. Rimos até
da morte.
Vimos o despontar da catapulta. Resta
saber o destino dos ventos.
E que ansiosos ventos! Chegamos a
soprar junto a eles. São as tais andorinhas que nos deixam inquietos.
Vencemos pela impaciência. Entretanto,
também somos arruinados por ela.
É mais um dia. Um dia que calculam
dezesseis anos desde aquela data.
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