Não
irei me prolongar com mais de um dos meus discursos prolixos, mas não quero
forçar ninguém a acreditar na minha candura, porque ela não existe.
Estou tão leve, o único problema é que
me colocaram numa gangorra.
Não consigo apoiar meus pés no chão.
Apenas acho que Dante esqueceu-se de mim na hora de contar os passageiros da
barca. Ou não, acho que quem cometeu delito maior foi aquela maldita mulher de
Epimeteu, que abriu um saco de crack. Calma, ou foi uma garrafa de cerveja? Ou
foi um container de peles de onça? Ah, lembrei. Como eu poderia esquecer? Claro
que foi uma caixa de... charutos.
É, você já sabe, porém, irei repetir apenas
para lembrar-te: Somente o meu silêncio responderá tudo o que me perguntares.
Amo o amor de ser amada. O mundo é o que me faz ser. Viver. Crescer. Criar.
Imaginar. Amar. Morrer.
Sua influência é desigual, porém
essencial. Mas, qualquer um pode ser essencial, desde que satisfaça o meu
desejo momentâneo.
Talvez ninguém seja tão perfeito ao
ponto de satisfazer-me por toda a vida. Talvez Einstein ainda fosse inventar a
equação do amor. Tarde demais, ele já morreu.
Será mesmo que a rainha Rita tem que remendar
a roupa do rei de Roma, que o rato roeu? Bom, acho que a rainha foi às compras
com o dinheiro do rei. Comprou uma roupa nova e ainda aproveitou a liquidação
de uma loja de sapatos.
O pior é que eu te odeio, às vezes, por
dois segundos, depois te amo por milhões de outros. Apenas espere, se o teu
orgulho não te deixa me amar, a força das minhas pernas para fazer a plateia do
teatro da vida aplaudir meu “gran finale”, é bem maior.
Quem muita corda dar, a corda não irá conseguir
parar.
A corda só me faz rodar, mas,
libertei-me.
Num “demi plie” me abaixei, e no ar, um
lindo “gran geté”. Só te dou um conselho de amigo, a ponta da minha sapatilha
pode furar teus olhos.
E como diriam, se conselhos fossem bons,
não seriam de graça, e sim, artigos de luxo.
Te dei o que não sabia dar, te disse o
que não sabia dizer. Porém, agora o teu
futuro é duvidoso.
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